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INTERNACIONAL

Professor do IB, Paulo Câmara será único representante das instituições de ensino superior do país no evento, que acontece em Buenos Aires

O Brasil é uma das 29 delegações que participarão das reuniões das Partes Consultivas (ATCM XLI) e do Comitê de Proteção Ambiental (CEP XXI) do Tratado da Antártica, que ocorrerá em Buenos Aires, Argentina, entre 13 e 18 de maio. O professor Paulo Câmara, do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da UnB, é o único pesquisador que integra a delegação brasileira, que também conta com representantes dos ministérios das Relações Exteriores (MRE) – Itamaraty, da Defesa (MD) – Marinha, do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

 

Paulo Câmara foi convidado pela equipe de diplomatas que compõe a equipe nacional e terá um papel de assessor científico, contribuindo em temáticas técnicas, tais como bioprospecção, avaliação ambiental e impacto da mudança do clima. "É um prestígio para a UnB representar as demais universidades e centros de pesquisa neste evento, considerando que colaboramos na pesquisa científica internacional na Antártica desde 2003, período relativamente curto, se comparado a outras instituições de ensino, que participam há mais de três décadas", disse o professor.

 

O encontro anual reúne todas as delegações que participam do Tratado da Antártica, acordo entre diversas nações do mundo pela preservação e utilização científica do continente gelado. Além da troca de informações, o evento também discute as diretrizes dos programas relacionados às atividades na região e faz deliberações para promover os princípios e os objetivos do acordo. O Tratado foi firmado em Washington, em 1959, e proíbe qualquer militarização do continente, reservando-o exclusivamente a atividades pacíficas.

 

As reuniões têm como base o Plano Estratégico de Trabalho da ATCM (2017-2020), que contempla 16 prioridades que são revistas anualmente. O documento está disponível para consulta pública no site da Secretaria Executiva do Tratado. Desde 1984, quando passou a realizar pesquisas, o Brasil é membro consultivo, com direito a voto nas decisões do grupo. A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) é responsável por gerenciar o Programa Antártico Brasileiro (Proantar).

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